26 outubro 2006

Poesia Élfica

Bom, já que estamos falando do mundo Tolkieniano e, a espinha dorsal deste blog é a poesia, nada mais natural e óbvio que apresentarmos aqui, uma poesia Élfica!

Namárië

Ai! Laurie lantar lassi súrinen;
yéni únótimë ve rámar aldaron!
Yéni ve lintë yuldar avániermi
oromardi lissë-miruvóreva
Andúnë pella, Vardo tellumar;
nu luini yassen tintilar i eleni
ómaryo airetári-lírinen.

Sí man i yulma nin enquantuva? (essa parte é muito boa!)

An sí Tintallë Varda Oiolossëo
ve fanyar máryat Elentári ortanë from Mount
arilyë tier undulávë lumbulëar
sindanóriello caita mornië
i falmalinnar imbë met,
ar hísië untúpa Calaciryo míri oialë.
Sí vanwa ná, Rómello vanwa, Valimar!

Namárië! Nai hiruvalyë Valimar!
Nai elyë hiruva! Namárië!


Namárië é o maior texto em Quenya em O Senhor dos Anéis. Junto com o poema Markirya, é o principal exemplo de um texto em Quenya "maduro" ou no estilo Senhor dos Anéis. Entre os estudantes de élfico, a canção é quase que invariavelmente chamada de Namárië, "Adeus", este sendo o título que Tolkien usou para ele em The Road Goes Ever On. Contudo, ele também é conhecida como Lamento de Galadriel, ou "Namárie, Alteriello Nainië Lóriendesse", "O lamento de Galadriel em Lórien." (Wikipedia)

Bem agora, a tradução, é claro né! (inglês e português)

Ai! laurië lantar lassi súrinen,
Ah! like gold fall the leaves in the wind,
Ai, como ouro caem as folhas ao vento,

yéni únótimë ve rámar aldaron!
long years numberless as the wings of trees!
longos anos inumeráveis como as asas das árvores!

Yéni ve lintë yuldar avánier T
he long years have passed like swift draughts
Os longos anos se passaram como goles rápidos

mi oromardi lissë-miruvóreva
of the sweet mead in lofty halls
do doce hidromel em salões altos

Andúnë pella, Vardo tellumar
Beyond the West, beneath the blue vaults of Varda
Além do Oeste, sob as abóbadas azuis de Varda

nu luini yassen tintilar i eleni
wherein the stars tremble
onde as estrelas tremem

ómaryo airetári-lírinen.
in the voice of her song, holy and queenly.
na canção de sua voz, de santa e rainha.

Sí man i yulma nin enquantuva?

Who now shall refill the cup for me?
Quem agora há de encher-me a taça outra vez? (adoro essa parte)

An sí Tintallë Varda Oiolossëo
For now the Kindler, Varda, the Queen of the stars,
Pois agora a Inflamadora, Varda, a rainha das Estrelas,

ve fanyar máryat Elentári ortanë
from Mount Everwhite has uplifted her hands like clouds
do Monte sempre branco ergueu suas mãos como nuvens,

arilyë tier undulávë lumbulë
and all paths are drowned deep in shadow;
e todos os caminhos mergulharam fundo nas trevas;

ar sindanóriello caita mornië
and out of a grey country darkness lies
e de uma terra cinzenta a escuridão se deita

i falmalinnar imbë met,
on the foaming waves between us,
sobre as ondas espumantes entre nós,

ar hísië untúpa Calaciryo míri oialë.
and mist covers the jewels of Calacirya for ever.
e a névoa cobre as jóias de Calacirya para sempre.

Sí vanwa ná, Rómello vanwa, Valimar!
Now lost, lost to those of the East is Valimar!
Agora perdida, perdida para aqueles do Leste está Valimar!

Namárië! Nai hiruvalyë Valimar!
Farewell! Maybe thou shalt find Valimar!
Adeus! Talvez hajas de encontrar Valimar.

Nai elyë hiruva! Namárië!
Maybe even thou shalt find it! Farewell!
Talvez tu mesmo hajas de encontrá-la. Adeus!

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