Descobri Clarice aos 16 para 17 anos e foi amor à primeira vista.
A lembrança de minha descoberta está associada a um texto que não tenho certeza de que seja mesmo de sua autoria, mas todas as vezes que tento me recordar de meu primeiro contato com ela lembro-me desse texto, o qual mencionava um telefone vermelho e constava do livro de português que usávamos em aula.
Já tinha ouvido falar dela, claro, entretanto não havia lido nenhum texto seu. Já tinha ouvido minha mãe e minhas tias dizendo que ela era uma escritora de escritos difíceis e amargos.
Minha curiosidade sobre ela me levou à minúscula Biblioteca da Escola que, na verdade, nem biblioteca era, mas sim um pequeno depósito de livros. Apesar disso, tinha um charme romântico, com os raios solares entrando pelo pequeno vitrô e descortinando-se por entre as estantes repletas de literatura.
Ao lembrar-me de Clarice, vêm-me à mente tal cena nessa “bibliotequinha” escolar, onde meu amor por ela surgiu. O primeiro livro que encontrei dela nessa biblioteca foi "A Legião Estrangeira" - paixão absoluta!
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