27 novembro 2006

Primeira Galáxia Poética

POETIZAÇÃO

Para Lê
Eu poetizo
Tu poetizas
Nós poetizamos
Vós poetizais

Eu escrevo palavras
Tu as devora
Eu combino palavras
Nós as lemos

Vós me inspirais,
escrevo pra ti.
Tu me lês,
e eu poetizo pra ti.

Nós poetizamos ambas
Vós poetizais ao ler-me
Eu poetizo ao pensar em ti

E, apesar da distância,
a ponte poética da poesia
nos une na poetização
de nossas vidas,

Na combinação de nossas palavras,
Nas palavras devoradas por ambas,
Na fantasia da nossa poetização,
E na construção da nossa poética e perene união
.
02.09.06

15 novembro 2006

Primeira Galáxia Poética

O Homem - raiva


Sou homem raivoso, belicoso e poeta
Sou homem poeta, raivoso e belicoso
Sou homem belicoso, poeta e raivoso

Sou o homem-raiva
o homem-seiva
o homem-substrato

Me dinamito todos os dias,
toda manhã,
e toda noite.

Não durmo,
Não fumo,
E não bebo.

Se pudesse, morderia pedras,
socaria muros,
e gotejaria poesia ao invés de suor.




22.08.2006

Primeira Galáxia Poética

BALADA DO ANEL


Um anel para dois unir
Dois anéis para a todos esclarecer
Um anel para exibir
Um anel para mostrar

Dois anéis se entrelaçam em um
Um anel explica o outro
Um anel para amar
Um anel para ser amado

Um anel para só não ficar
Dois anéis que são um
Dois anéis para que só não se fique
Dois anéis para uma vida

Dois anéis para duas vidas
Um anel que é dois
Dois anéis o destino quer
Dois anéis se desviam

Um anel que é dois
Dois anéis que são um
Um anel que é um
Dois anéis que não se entrelaçam


31.07.2006

A poesia pode começar com as batidas do coração....

O mundo é uma sinfonia poética! Desde toda a matéria até um átimo de pensamento!
É um potencial poético gigantesco, imenso e disforme, precisando de harmonização, dilapidação, para ser colocado em forma de poesia.


A poesia pode começar com as batidas do coração....

As batidas do meu coração se confundem com o tiquetaquear do relógio. Somos um só, por momentos, nos confundimos.
Não sei se tenho um relógio no peito, ou se existe um coração pulsante sobre a escrivaninha.

Só escuto e sinto seus pulsares e suas batidas. Só sei que isso é poesia em estado bruto!
É poesia latente, potencial e pulsante; são jorros poéticos torrenciais e ininterruptos, a postos para serem “pegos” pelos poetas e transformados em poesias sentidas, pensadas, dilapidadas, cerebralmente montadas, harmonizadas e eternizadas...

14 novembro 2006

Primeira Galáxia Poética

Minhas primeiras poesias foram registradas na Biblioteca Nacional, então selecionarei algumas para colocar aqui.
Intitulei o volume encadernado com as 14 poesias registradas, como
Primeira Galáxia Poética.


Três delas já foram postadas
:


Do Olhar da Primavera


A Existência do Azul


Egoísmo

Bom, agora, vamos às outras:


O NASCIMENTO DA POESIA


...E das entranhas do papel, brotou a poesia...

Da latente semente, foi se expandindo a idéia,
tingindo o papel, foi se mostrando a palavra,
linha por linha, foi se registrando o sentimento...

Umas por sobre as outras, tingidas páginas foram se acomodando.
Unidas por cola e linha, batizaram a poesia!

O poeta nesse instante,
Febril e distante,
Do mundo das idéias, desceu à terra....
Pousou no jardim dos brotos de papel,
colheu a poesia,
folheou suas pétalas,
aspirou seu aroma,
escutou sua voz...
e a distribuiu pelo mundo!

Ago./2006