tag:blogger.com,1999:blog-336645562024-03-07T05:09:34.553-03:00SensaçãodeMorango - em Lórien também se comem chocolates!Blog sobre poesias, poemas, criações literárias, gênese poética, cinema, livros, e, sem querer, "a vida, o universo e tudo mais....."Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.comBlogger108125tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-19806079795508235042024-01-03T16:36:00.000-03:002024-01-03T16:36:40.336-03:00A Casa das Correntes de Ar<p> </p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Outro
dia meu primo, filho de uma das irmãs da minha mãe, me enviou um vídeo do sítio
onde ele mora desde que nasceu, e onde eu e meu irmão passamos todas as férias da
nossa infância e adolescência. Mostrou os legumes, frutas e verduras que
plantou. Perguntei se aquela parte que aparecia no vídeo era a área atrás da
casa, onde havia um grande pé de Seriguela, no qual, quando crianças, subíamos
em seus galhos para brincar. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Sim.
Era.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pensei então, na casa. Grande, espaçosa,
ventilada. Simples, sem luxo algum, preenchida com a alegria das crianças em
férias, com o fogão de lenha na cozinha (que na minha infância ainda era ativo
no preparo das refeições), com os tão esperados Natais, e com o lanche da tarde
na cozinha, onde o doce de leite e o de abóbora nunca faltavam, e onde todos se
sentavam para comer e conversar, fosse em volta da mesa ou nas cadeiras de
espaldar alto que ladeavam as paredes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Agora
só resta meu primo naquela casa. E do lado de cá, somente eu restei. Pensar
nisso me fez sentir um vazio imenso me envolvendo. Me veio novamente aquela
sensação de flutuar solta no ar, desgarrada de tudo e de todos, sozinha,
abandonada, como me senti durante um tempo após a morte da minha mãe. Vez ou
outra, vem novamente me envolver essa sensação, como agora, pensando na casa do
sítio da minha tia Ivone.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Da
flutuação solta, sem rumo, senti em seguida, a vida como uma corrente de ar
atravessando os cômodos daquela casa. Uma corrente de ar fugaz, ventilando tudo
e depois cessando, deixando os cômodos somente preenchidos pelos móveis –
inertes, ocupando seus espaços na casa e no tempo, olhando tudo, imóveis, sem
voz, só existindo e observando o passar e o cessar das correntes de ar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">Cada
um de nós foi uma corrente de ar que por lá passou. Agora só restam duas. Uma
ainda habitando a casa, circulando por seus cômodos, fustigando os móveis,
abrindo e fechando janelas e portas. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">A
outra está aqui, longe da casa das correntes de ar, escrevendo estas palavras e
tentando não se perder nas flutuações que a atiram no vácuo, e nas lembranças de
um tempo feliz.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 150%;">19
dez 23<o:p></o:p></span></p>Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-69212354574561836342019-08-03T23:08:00.001-03:002019-08-03T23:18:42.033-03:00Memórias Marilienses de Aventuras: Passeio em Guaimbê<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Hoje, após dez anos, resolvi
escrever mais uma Memória Mariliense de aventura. Uma colega de faculdade me
pediu por <i style="mso-bidi-font-style: normal;">whatsapp</i> os outros textos
que escrevi para ela ler para as filhas - fato que me deixou muito feliz e me despertou
a vontade de escrever mais memórias. Embora elas tenham o meu ponto de vista e
a expressão das minhas observações, não deixam de ser interessantes para os
descendentes das amigas que as vivenciaram comigo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Não tenho filhos e nem sobrinhos
para mostra-las, não deixarei descendentes nesta passagem pelo planeta. Escrevo
então para o universo (e para quem mais possa interessar), registrando como uma
pegada no mundo cibernético (será publicado neste meu ainda vivo blog), as lembranças
de uma época deliciosa que vivenciei nesta existência terrena.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">O ano era 1993. No feriado de 21
de abril desse ano seria realizado o plebiscito nacional para decidir se o
Brasil voltaria a ser uma monarquia ou não! (Acreditem se quiser). Nesse dia
então, eu e umas colegas de faculdade resolvemos fazer um<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>outro passeio na região de Marília pedindo
carona na estrada para nos locomovermos (o passeio anterior havia sido para
Salto Grande, SP). Neste novo empreendimento as colegas parceiras da aventura foram:<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Vera, colega de turma, Vilma, Adriana, e Valéria e seu namorado (com o qual ela se casou e está junto até hoje) – as
três eram de uma turma seguinte à minha e da Vera.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">A cidade escolhida foi Guaimbê –
o motivo, sinceramente não me lembro. Talvez tenhamos sido atraídas por uma tal
prainha que lá existia. E lá fomos nós neste feriado de 21 abril (quem pensaria
que 24 anos depois eu também viveria uma aventura neste mesmo feriado? Dessa
vez com o Grupo de Teatro Pepitos, rumo ao Festival de Teatro de Ubá-MG para
apresentarmos a peça Nau dos Loucos, de Luís Alberto de Abreu, que acabou
ganhando como melhor peça de comédia do festival) rumo à Guaimbê, na região de
Marília.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Como de costume, fomos de carona
na estrada. Fomos os seis para a BR e conseguimos dois veículos. Num deles entramos em quatro: eu, Vilma, Valéria e o namorado, no outro, Adriana e Vera.
Chegamos a Guaimbê e conseguimos nos reunir os seis na praça central da cidade,
de onde partimos à procura de uma agência dos correios para justificarmos nosso
voto no plebiscito, já que estávamos fora de Marília. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Após o voto justificado, procuramos
a tal da prainha. Como chegamos lá, se a pé ou de carona, não me lembro, nem
mesmo se era longe da cidade (isso aconteceu há 26 anos!). Mas me recordo que o
lugar era realmente bonito. Havia uma parte alta com uma edificação que, se me
recordo bem, abrigava uma cantina e talvez vestiários e sanitários. Na frente
desse prédio havia um gramado onde sentamos para almoçar os lanches que
levamos. Fizemos um delicioso <i style="mso-bidi-font-style: normal;">pic nic</i>
com vista para a represa. Dos lanches, lembro-me somente da Valéria ter levado
uma macarronada dentro de um grande e alto <i style="mso-bidi-font-style: normal;">tuppeware</i>. Comemos e ficamos por ali,
apreciando o local e o belo dia que fazia. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Abaixo do gramado existiam umas
escadas que davam para a prainha, fomos até lá caminhar pela areia e molhar os
pés na água. Haviam outras pessoas mas não estava lotada, o que tornava o local
bastante agradável. Embora bonito, era um local
simples, com pessoas simples, sem sofisticação alguma, mas para nós estava
sendo um grande passeio, uma aventura empreendida entre amigos. E o meio que
usamos para chegar lá – a controversa carona na estrada – tornava o passeio uma
real aventura para ser contada para os filhos e netos.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Lá pelas 16h horas resolvemos que
já era hora de partir, pois não queríamos enfrentar uma carona na estrada a
noite. Ao sair da prainha – que na verdade era conhecida como Área de Lazer ou
Balneário (uma busca hoje na internet me revelou isso), lembro-me que tivemos
que andar a pé por um trecho um pouco longo numa estrada que passava em frente a
esse local até alcançarmos a rodovia onde pediríamos as caronas para retornar a
Marília. O retorno também se mostrou bem
aventuresco, a começar por essa caminhada até a rodovia. E lá, já posicionados
em petição de carona, aguardávamos ansiosos as boas almas que nos levariam para
casa. Já eram 17h quando conseguimos que parassem dois carros simultaneamente.
Nos dividimos em dois grupos de três pessoas e entramos nos carros. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Chegamos em
Marília já começando a escurecer. Lembro-me perfeitamente que o motorista pegou
uma entrada para a cidade que eu ainda não conhecia, onde as casas exibiam em
sua fachada umas pequenas placas onde se lia Casa de Família - o que achei na
época bastante pitoresco. Fazendo um aparte, sinto não ter ”assuntado” o que
ocorria naquele bairro – existiriam muitos bordéis na área? Desde quando?
Quando as placas começaram a ser colocadas?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Não me recordo onde nossa carona
nos deixou. Só me lembro que cheguei em casa bastante realizada e feliz pela
pequena aventura vivida. Depois desse passeio, planejávamos passear em
Londrina-PR, que ficava há umas duas horas de Marília –<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>de carona também – mas acabamos não
concretizando o intento.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Essa foi minha última aventura
mariliense na companhia incrível destas unespianas ousadas e malucas. No final
do ano me formei e parti!<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Ribeirão Preto, 02/08/2019<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-48954655730558540112019-03-27T22:17:00.000-03:002019-03-27T22:17:35.132-03:00Encontro<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pelas minúsculas sardas da sua pele alva mapeei seu corpo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">De canto de olhos espiei sua mente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Num repente singular, me perdi na cascata dos seus cabelos de
fogo,</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">e por baixo deles, inusitadas tranças me receberam. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Despertados pelos seus beijos, meus sentidos se encantaram. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Guiou-me seu corpo esguio às águas profundas das concepções.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Confundindo-a com
<i>Freya</i>, pensei que do encanto o amor viria, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas sereia que era, desapareceu ao amanhecer, <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Restando o doce eflúvio de sua presença em meio às ideias
perdidas.<o:p></o:p></span></div>
<br /><br />
<br />
<br />
26 e 27/03/2019<br />
<br />Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-35038472003903633552015-12-10T10:37:00.001-03:002015-12-11T09:47:21.219-03:00A Vida Sonhada dos Poetas<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://liviaportozoccoescritora.com.br/a-vida-sonhada-dos-poetas/"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiJ622ia7YlKO8LMpcZkQd5Voo3hGZUnBb1-tzkEOzTyJyS6gPwOYgRuvSPdKx2r7UOT5wNJKtm9JATTFqBDnKbBRSfM9WJaeF0ZmCXbh-SsFSf2nQTkMrRvO1NO7guQOj95XTfQ/s320/VidaSonhada_Capa.jpg" width="227" /></a></div>
<br />
<div>
<br /></div>
<div>
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="http://liviaportozoccoescritora.com.br/a-vida-sonhada-dos-poetas/" style="background-color: #e69138;"><span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><b>http://liviaportozoccoescritora.com.br/a-vida-sonhada-dos-poetas/</b> </span></a><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;">Ilustrações by <b style="background-color: #ea9999;"><a href="http://danielihautequest.com.br/">Danieli Hautequest</a></b></span><br />
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://www.facebook.com/liviaportozocco"><img border="0" height="58" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPTVifO8558021VikjFHqoeEkDLWaRlHaADlYSzGyN_AGceBHkvFHQJr8WIdJAATmgDsk5EK6AS9yvnWJXO0iO89OQ4GjVnPVZ9WopuJWjU6cpdqVr5xYPL45nSGFMmCsJzfuX6w/s200/facebook.jpg" width="200" /></a></div>
<span style="font-family: "verdana" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div style="background-color: #303030; box-sizing: border-box; color: white; font-family: Roboto, sans-serif; font-size: 17px; line-height: 20.4px; margin-bottom: 10.5px; text-align: start;">
<span style="color: white;">A Vida Sonhada dos Poetas está disponível em formato </span><strong style="box-sizing: border-box;">Impresso</strong><span style="color: white;"> (</span><a href="https://www.clubedeautores.com.br/book/189034--A_Vida_Sonhada_dos_Poetas#.Vmq9OEorKM8"><span style="color: white;">Clube de Autores</span></a><span style="color: white;">),</span><strong style="box-sizing: border-box;">eBook</strong><span style="color: white;"> (PDF ou ePub – Hotmart) e </span><strong style="box-sizing: border-box;">Kindle</strong><span style="color: white;"> (Amazon).</span></div>
<div style="background-color: #303030; box-sizing: border-box; color: white; font-family: Roboto, sans-serif; font-size: 17px; line-height: 20.4px; margin-bottom: 10.5px; text-align: start;">
<span style="box-sizing: border-box; color: red;">♥</span> Todo o valor arrecadado com as vendas será revertido em doações à Protetores e ONGs de Ribeirão Preto que resgatam e cuidam de animais abandonados.</div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="background-color: #303030; box-sizing: border-box; color: white; font-family: Roboto, sans-serif; font-size: 17px; line-height: 20.4px; margin-bottom: 10.5px; text-align: start;">
<div style="text-align: right;">
<br /></div>
</div>
</div>
</div>
Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-44477656003726359842014-07-23T22:29:00.000-03:002014-07-23T22:35:05.296-03:00Aparição<div style="background: white;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<div style="background: white;">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se
aparecesses no meio da noite<br />
Com teus cabelos revoltos<br />
Teus olhos claros<br />
E tuas tatuagens<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white;">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="background: white;">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Querer-te-ia
com certeza<br />
Sem receios ou remorsos<br />
Quereria tua língua e<span class="apple-converted-space"> </span><br />
Tua linguagem<br />
Teu gosto e teu cheiro<br />
Teu corpo e tua mente<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white;">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="background: white;">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pois
serias apenas mais um sonho<br />
Como tantos que tenho sonhado<br />
Sem consequências quaisquer ou insistentes reticências<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white;">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="background: white;">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas se
surges no meio do dia<br />
Não posso querer-te, bem sabes.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white;">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="background: white;">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">À luz
do dia teu amor não me responde, pondo-me em desconfortável vereda,<br />
Trilha que não quero seguir.<br />
Descaminho...<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white;">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div style="background: white;">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Passos
ao largo de ti.<o:p></o:p></span></span></div>
<div style="background: white;">
<br /></div>
<div style="background: white;">
<br /></div>
<div style="background: white;">
</div>
<div style="background: white;">
<span lang="PT-BR" style="color: #222222;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Abril/14</i></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-43416917025554192612013-10-24T13:11:00.000-03:002013-10-24T13:11:11.438-03:00Libertem Nossos ativistas!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<a href="http://www.greenpeace.org/brasil/pt/O-que-fazemos/Clima-e-Energia/libertem-nossos-ativistas/?utm_campaign=artico&utm_source=widget_blogs&utm_medium=widget" target="_blank"><img alt="Libertem nossos ativistas. Libertem a brasileira Ana Paula. Assine." border="0" height="444" src="http://www.greenpeace.org.br/p3/libertemos30/sidebar-30.jpg" title="Libertem nossos ativistas. Libertem a brasileira Ana Paula. Assine." width="300" /></a></div>
Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-87837246171595403052013-01-23T14:25:00.000-02:002013-01-23T17:16:12.121-02:00Poema Linhas<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O Poema <i>Linhas </i>foi publicado na <span id="goog_932542176"></span><a href="http://www.camarabrasileira.com/apol96-027.htm">Antologia de Poetas 96 da CBJE</a><span id="goog_932542177"></span>:</span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEnQlGu88309GBAGN243c12OyKyfV1DlavRxwmP8JkOBAigWD63M0DqHod4jJnjEEYgPw26Qt42IcDuUg6MvoXKRZ1d1eblT93u3QODmHtvcNraSWyVrEfnI-xdiq6xesEZPo6Kw/s1600/Linhas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEnQlGu88309GBAGN243c12OyKyfV1DlavRxwmP8JkOBAigWD63M0DqHod4jJnjEEYgPw26Qt42IcDuUg6MvoXKRZ1d1eblT93u3QODmHtvcNraSWyVrEfnI-xdiq6xesEZPo6Kw/s1600/Linhas.jpg" /></a></div>
<br /></div>
</div>
Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-19054684117464220032012-12-06T17:35:00.001-02:002012-12-06T17:36:49.746-02:00Para Gonçalves Dias<div style="text-align: justify;">
Esta semana recebi um e-mail sobre um <a href="http://ihgm1.blogspot.com.br/2012/01/projeto-goncalves-dias-agosto2012.html"><b><span style="color: blue;">projeto</span></b></a> que pretende reunir mil poemas para Gonçalves Dias. Assim, li alguma coisa sobre ele e escrevi o poema abaixo. Como só estou conseguindo escrever sobre amor (principalmente frustrado), um episódio da vida do poeta, em que ele perde seu grande amor, me inspirou. Escrevi ontem, correndo:</div>
<br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal">
<b>Não lamentes amigo<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Caro amigo, não lamentes o amor perdido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Perdeste-o sim, porém não por desleixo teu,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Perdeste-o pelo preconceito desmedido,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Perdeste-o pelo respeito que era só teu.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Caro amigo, não lamentes o amor perdido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Fizestes aquilo que o momento pediu,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Respeitastes o apreço àqueles por ti escolhidos,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Mostrastes mais força que o desejo varonil.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Caro amigo, não lamentes o amor perdido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Decidistes o que na época era o melhor a fazer,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Apesar de o homem em ti, tornar o poeta comedido,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Apesar de a razão em ti, impedir o amor de colher.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Caro amigo, não lamentes o amor perdido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
O que fizestes está feito, mesmo que incompreendido.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Escolhestes por teu senso de homem, não de poeta,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Agora arcarás por tua escolha, vivendo um amor asceta.<o:p></o:p></div>
<br />
<br />
<br />
05/12/12Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-85676251033136063122012-10-05T10:46:00.000-03:002012-10-05T10:46:04.113-03:00"Coração-navio"<div style="text-align: center;">
Abaixo, meu poema preferido publicado na Antologia de Poesias nº 94 da CBJE:</div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3vmGWcYBFUochpkW1ZCDQ7SWz4K6b0sizQ-KWW_5n_oM-W1jJJuJ8KIcX99T0NtK7NNBHWq5BzBKOeDhsX5YAWUiV0sqBXthOujBpuUXb0MlNN8ew83e94e-n1IAqxhn40d7ovw/s1600/Camara.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="371" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3vmGWcYBFUochpkW1ZCDQ7SWz4K6b0sizQ-KWW_5n_oM-W1jJJuJ8KIcX99T0NtK7NNBHWq5BzBKOeDhsX5YAWUiV0sqBXthOujBpuUXb0MlNN8ew83e94e-n1IAqxhn40d7ovw/s400/Camara.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-46887801164865003542012-10-02T22:52:00.001-03:002012-11-05T17:42:08.906-02:00Sobre cartas e poemas de amor<br />
<br />
Como já disse Álvaro de Campos em 1935 (heterônimo que mais gosto do Pessoa):<br />
<br />
<i><span style="background-color: lightyellow;"> Todas as cartas de amor são</span><br style="background-color: lightyellow;" /><span style="background-color: lightyellow;"> Ridículas.</span><br style="background-color: lightyellow;" /><span style="background-color: lightyellow;"> Não seriam cartas de amor se não fossem</span><br style="background-color: lightyellow;" /><span style="background-color: lightyellow;"> Ridículas.</span></i><br />
<i><span style="background-color: lightyellow;"><br /></span></i>
<span style="background-color: lightyellow;"> Não só as cartas Álvaro, os poemas de amor também o são. </span><br />
<br />
<ul><i>As cartas de amor, se há amor,<br />Têm de ser<br />Ridículas.</i><br />
<i><br /></i>
Concordo, pois o amor é ridículo! Ridículo e delicioso! Ah, e brega também!<br />
<br />
<i>Mas, afinal,<br />Só as criaturas que nunca escreveram<br />Cartas de amor<br />É que são<br />Ridículas.</i><br />
<br />
Com certeza, quem mais poderia ser ridículo do que alguém que nunca amou? E consequentemente nunca escreveu uma ridícula carta de amor? Ou um ridículo poema de amor? Ou ainda, um breguíssimo poema de amor?<br />
<br />
<i>Quem me dera no tempo em que escrevia<br />Sem dar por isso<br />Cartas de amor<br />Ridículas.</i><br />
<br />
Ainda estou nesse tempo Álvaro! Mas não escrevo cartas, escrevo poemas, breguíssimos!<br />
<br />
<i>A verdade é que hoje<br />As minhas memórias<br />Dessas cartas de amor<br />É que são<br />Ridículas.</i><br />
<br />
Não são, ou melhor, são, mas é melhor ter memórias ridículas sobre de cartas de amor ridículas do que não ter do que se lembrar sobre o amor....não?!<br />
<br />
<i>(Todas as palavras esdrúxulas,<br />Como os sentimentos esdrúxulos,<br />São naturalmente<br />Ridículas.)</i><br />
<br />
<br />
Todos os sentimentos esdrúxulos são ridículos<br />
Todas as palavras esdrúxulas tem adjetivos semelhantes aos sentimentos esdrúxulos<br />
O amor é um sentimento....<br />
O amor pode ser uma palavra...<br />
Logo...o amor é esdrúxulo?<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Ridículo, esdrúxulo, brega ou sabe-se lá quais outros adjetivos o amor venha a ter, os poetas continuam a escrever cartas de amor, poemas de amor, ou sobre o amor. Não fugi à sina. Escrevi mais um poema...breguíssimo, de amor:</div>
<br />
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<span style="font-size: medium;"><b><br /></b></span></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<span style="font-size: medium;"><b><br /></b></span></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<span style="font-size: medium;"><b>Reminiscências</b></span></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
Como
esquecer teu sorriso, tua voz, teu perfume
</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
tua pele e
teus cabelos?</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
Como
superar esse amor que não se vai, e que sim,
</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
resiste
aos meus apelos?</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
Por onde
ando procuro você,</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
e sem
perceber, ando em círculos sem fim</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
Revejo
fotos e vídeos, idéias e lembranças,
</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
palavras e
músicas que te trazem a mim.</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
Lugares
que fomos me lembram seu rosto,</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
e os que
nunca iremos, relembram-me impossíveis planos</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
Trazem-me
ao chão os pés, e assumo meu posto,</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
porém
revivendo ainda as lembranças, que persistem sem danos</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
Reminiscências
que insistem em me dizer que não te esqueci</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
Histórias
intactas de um amor que já teve seu tempo de existir,</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in;">
<span lang="pt-BR">Mas
que me martelam na mente, dizendo que este amor embora não quer ir</span></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
Querendo-me
trazer de volta todos os momentos que contigo vivi</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in;">
<span lang="pt-BR">Como
esquecer esse inaquilatável amor?</span></div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
Cuja luz
dispersava-se em tantas cores</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
que
nuances inéditas atribuíam-lhe maior valor</div>
<div class="western" lang="pt-BR" style="margin-bottom: 0in;">
e onde
oásis se formavam banindo dores.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in;">
<span lang="pt-BR">Como
apagar as memórias cravadas desse amor?</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in;">
<span lang="pt-BR"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in;">
<span lang="pt-BR"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in;">
<span lang="pt-BR"><span style="font-size: x-small;">Set/2012</span></span></div>
<dd><br /></dd></ul>
Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-60706305525234646882012-07-29T21:44:00.004-03:002012-07-29T21:44:54.693-03:00Running in Bed: Love, desire and freedom in 70s NYC<br />
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="color: #444444; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">The
book is a beautiful novel about love and personal growth. It is a
pretty nice and amazing report about the gay way life in New
York in 70s and early 80s. Memorable and sometimes melancholic, but
pretty nice always. Beautifully with a clear narrative, without
slushy despite of it to touch in a delicate and painful matter
as the first years of the AIDS.</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<b><span style="color: #444444; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></b></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="color: #444444; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Below,
a delightful excerpt of the book:</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="color: #444444; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>“My
favorite time was when everyone else was at Tea Dance, and we would
go for walks, holding hands along the desert beach, bathed in the
soft light of the setting sun. It was and incredible peaceful
feeling; a sense of contentment settled over me as I watched the day
end, secure in the knowledge we'd be spending the evening together -
and the days and evenings that followed.” </i></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="color: #444444; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">The
author <a href="http://www.runninginbed.com/about-the-author/"><b><i>Jeffrey Sharlach</i></b></a> bring us an exciting and nostalgic picture of New York in
those years: love, freedom and aftermaths...</span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<span style="color: #444444; font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></div>
<div align="JUSTIFY" class="western">
<br /></div>
<div class="western" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><i><span style="color: #444444;">Link do livro:</span><span style="color: black;"> </span><a href="http://www.runninginbed.com/" style="background-color: white;">http://www.runninginbed.com/</a></i></b></span></div>
<div class="western" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="western" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="western" style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-87270274918505451982012-04-30T13:18:00.000-03:002012-04-30T13:18:12.049-03:00Como Esquecer...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9nXFYwgPu6aBGNSDIFMi_LR8QLXyzlokhlfrSY3uMNmyBreAKgjHGxY4fVv3wxqjTJ2hm_wwLfEIvRdP3IDFVXglhN_jAVHyM_ucjxV8PyKP_-u8oPpXtt4z8aHj-Q1alE3-bNQ/s1600/Como+esquecer.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9nXFYwgPu6aBGNSDIFMi_LR8QLXyzlokhlfrSY3uMNmyBreAKgjHGxY4fVv3wxqjTJ2hm_wwLfEIvRdP3IDFVXglhN_jAVHyM_ucjxV8PyKP_-u8oPpXtt4z8aHj-Q1alE3-bNQ/s320/Como+esquecer.jpg" width="257" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-701392249815400372012-03-15T23:12:00.001-03:002012-03-15T23:17:35.346-03:00O Horácio<br />
<br />
Há coisas que lemos, vemos, assistimos, ouvimos ou presenciamos que não nos sai da cabeça, ou permanecem mais tempo do que outras, muitas vezes nos tirando o sono. O que devemos fazer com isso? Simples: botar pra fora!<br />
<br />
Assim, boto pra fora aqui – da mesma forma que fiz com o filme “Natimorto” - a peça teatral que assisti neste último sábado, dia 10/03: O Horácio, de Heiner Muller, em montagem concebida pelo grupo Teatro de Riscos (Faculdade Barão de Mauá-Ribeirão Preto-SP), direção de Carlos Canhameiro.<br />
<br />
Fui ao Espaço “A Coisa” para a madrugada literária, esquecendo-me de que haveria antes, uma peça teatral. Chegando lá, gostei de ser lembrada da existência da peça, sobre a qual fui me inteirar no folder das apresentações do mês: título: Horácio, de Heiner Muller.<br />
<br />
Confesso que não esperava um grande espetáculo, não conhecia o grupo e nem a peça, não havia ouvido nada sobre a apresentação. Já tinha ouvido o nome do autor, porém nada conhecendo sobre sua obra.<br />
<br />
Começa a peça.<br />
<br />
Sucedem-se as cenas, cada uma melhor e mais surpreendente do que a outra. A atuação e profissionalismo dos atores – ainda estudantes de teatro - chama a atenção. A peça mostra-se diferente. Não sei que tipo de teatro é aquele. Como os atores narram a história com distanciamento, sucedendo-se nos papéis, puxei na memória algo que li há muito tempo sobre ser assim o teatro de Brecht. Pensei, será?<br />
<br />
Logo no início, ovos são digeridos por uns e regurgitados por outros no chão.. No decorrer da peça garrafas de vinho são entornadas na boca e nas cabeças dos atores. O cheiro do ovo cru paira no ar. As camisas brancas dos rapazes e os vestidos das moças, imundos de ovos e vinho desfilam sob os olhares curiosos da platéia. (que por sinal, comportou-se muito bem, dado que estamos numa cidade interiorana, caipira, até)<br />
<br />
A cumplicidade e a química entre os atores são incríveis. Nota-se o afinco e a seriedade com que trabalharam para que essa montagem que acredito ser experimental fosse bem sucedida – e foi – sem dúvida alguma. Vê-se aí, a formação de verdadeiros, jovens e grandes atores despontando e alavancando o teatro nacional gerado no interior para uma ousadia certeira.<br />
<br />
No final da peça, Horácio, nu, despido da glória e da vilania, atira uma melancia (seu próprio corpo morto?) que se espatifa no chão e é devorada pelos atores. Segundos depois, um frango cru também é atirado e destroçado pela turba. A surpresa e a catarse dessa cena foram sem precedentes no meu - não muito extenso - currículo de espectadora teatral.<br />
<br />
Mais adiante, farinha de trigo também é utilizada. A encenação é permeada por desdobramentos metafóricos que remetem como críticas à sociedade moderna e contemporânea, por meio de dança coletiva ao som de, por exemplo, Menina Jesus do Tom Zé e outras, cantada e instrumentalizada pelos próprios atores.<br />
<br />
A peça termina. Não tenho palavras. Só choque e admiração. Em casa, busco informações sobre o grupo e a montagem.<br />
<br />
<br />
Abaixo, a sinopse e os links que falam sobre a montagem:<br />
<br />
Sinopse: As cidades de Roma e Alba estavam em luta pelo poder e ao mesmo tempo eram ameaçadas pelos etruscos. Para os exércitos não se enfraquecerem diante do inimigo em comum, os chefes decidiram que por cada cidade lutaria apenas um homem. A sorte determinou que lutasse por Roma, um Horácio; e por Alba, um Curiácio. <br />
Os exércitos, ao perceberem que a imã do Horácio escolhido era noiva de Curiácio, indagaram se a sorte deveria ser tirada novamente, mas mesmo assim ambos mantiveram as escolhas e resolveram lutar. Horácio venceu Curiácio e ao voltar para Roma, glorificado, deparou-se com a irmã chorando pelo noivo derrotado. Indignado com a reação inesperada, Horácio enfiou sua espada no peito da irmã,silenciando todas as comemorações. Após essa atitude, os romanos tiraram da mão de Horácio, sua espada, e resolveram realizar um julgamento para decidir o destino do vencedor que também era um assassino.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
http://rogerioviannatatui.blogspot.com/2011/10/porque-o-indigesto-as-vezes-e.html<br />
http://www.baraodemaua.br/noticias/detalhar.php?idNoticia=1986<br />
http://pt-br.facebook.com/events/248562908565062/?ref=nf<br />
http://www.araraquara.sp.gov.br/noticia/Noticia.aspx?IDNoticia=3994<br />
http://www.overmundo.com.br/overblog/horacios-curiacios-e-russos <br />
<br />
<br />
14/03/2012<br />
Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-68800105726991743132011-10-19T21:30:00.000-03:002011-10-19T21:55:02.779-03:00Natimorto<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span lang="PT-BR" style="color: black; font-family: Arial, sans-serif;">Assisti ontem ao filme
Natimorto – adaptação do livro de mesmo nome de Lourenço Mutarelli e
dirigido por <span class="apple-style-span"><span style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial;">Paulo Machline.<o:p></o:p></span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-style-span"><span lang="PT-BR" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: black; font-family: Arial, sans-serif;">Saí
do cinema ontem a noite e o filme ainda está na minha cabeça. Que ótimo, vocês devem estar pensando, isso
quer dizer que o filme é bom! Não sei,
sinceramente. Não é ruim, de modo algum e, se não sai da minha cabeça, alguma
coisa é, ou tem!<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-style-span"><span lang="PT-BR" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: black; font-family: Arial, sans-serif;">O
filme é muito depressivo, mas as idéias do personagem de Mutarelli (ele, além
de autor da obra também atua ao lado de Simone Spoladore) são fantásticas!
Realmente dariam um livro, como a própria personagem de Simone diz várias
vezes.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-style-span"><span lang="PT-BR" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: black; font-family: Arial, sans-serif;">O
visual retrô – desde as roupas até a ambientação (um hotel decadente) – nos
remete aos anos sessenta - o que mais angústia e claustrofobia provoca.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-style-span"><span lang="PT-BR" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: black; font-family: Arial, sans-serif;">Voltando
às idéias do personagem ao longo do filme, a história do seu primo que, quando criança cai num poço e se depara com sua própria
imagem na água – que ele julga ser a do monstro do poço, fazendo com que conclua que o monstro se assemelha a todos
nós, dá uma noção do que vêm por aí.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-style-span"><span lang="PT-BR" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: black; font-family: Arial, sans-serif;">Obcecado
por tarot, ele faz a correspondência das fotos
de advertência ao fumo existente nos maços de cigarro com as figuras do
baralho, lendo o futuro em cada maço que compra – o seu e o da mulher com quem
divide o quarto de hotel. Inicialmente achei bem interessante a idéia, depois,
porém, comecei a achá-la irritante e cansativa, assim como sua profunda imersão no cigarro e no café,
além da “deprê” total.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-style-span"><span lang="PT-BR" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: black; font-family: Arial, sans-serif;">O
filme é uma ode à escatologia, à fuga da vida, à negação do viver, à volta ao útero da mãe
protetora, daí o natimorto do título – o homem,
ao ver num dos maços de cigarro a foto de um bebê natimorto diz que este
é aquele que veio da não-existência e para ela voltou sem ser contaminado pela
vida, símbolo maior então, da pureza e também do seus anseios, já que ele próprio lamenta, ao que tudo indica, não ter
sido um natimorto.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-style-span"><span lang="PT-BR" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: black; font-family: Arial, sans-serif;">Exageros
à parte, esse filme derruba anos de terapia à favor do bem-estar na vida. Ainda
bem que foi só um filme.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span class="apple-style-span"><span lang="PT-BR" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-color: white; background-image: initial; background-origin: initial; color: black; font-family: Arial, sans-serif;">19/10/2011</span></span><span lang="PT-BR" style="color: black; font-family: Arial, sans-serif;"><o:p></o:p></span></div>Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-23991436290714563112011-06-03T09:40:00.001-03:002011-06-03T09:40:55.706-03:00O vazio do poeta<div style="text-align: center;"><br />
Sou um poeta vazio</div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;">preenchido por tantos,</div><div style="text-align: center;">que sou aquele </div><div style="text-align: center;">que não sabe mais quem é!</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Roubo de um, os sentimentos,</div><div style="text-align: center;">de outro, os maneirismos</div><div style="text-align: center;">com que escrevo estas linhas.</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Sou homem, sou mulher,</div><div style="text-align: center;">e tantos outros gêneros </div><div style="text-align: center;">que ainda venham a construir.</div><div style="text-align: center;">Minha personalidade perdeu-se</div><div style="text-align: center;">nas páginas dos livros</div><div style="text-align: center;">e no sonho da poesia.</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Sou óbvio, à medida que sou poeta.</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Preencho-me de você, e de você,</div><div style="text-align: center;">e me canso de todos!</div><div style="text-align: center;">Fujo de vocês, e deles também.</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Só não consigo fugir daquele!</div><div style="text-align: center;">Aquele que não é.<br />
E ele sou eu.</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;">Preencho-me de mim,</div><div style="text-align: center;">e assim, sou poeta.</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: center;"><strong><em><span style="font-size: x-small;">Set./2010</span></em></strong></div>Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-88766177654791563852011-04-28T21:55:00.002-03:002011-10-19T21:55:32.534-03:00Mudança de Brincos<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Entre tantos afazeres, abrir a gaveta do criado mudo para procurar um par de brincos era tarefa que quase nunca era realizada, o que fazia com que os brincos de sua orelha permanecessem sempre os mesmos durante meses.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Sempre ocupada, com pressa ou cansada, organizava sua vida de modo a não precisar usar o conteúdo das gavetas dos móveis, principalmente do criado-mudo. Abri-las sempre a atrasaria para algum compromisso.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
A noite, quando já deitada para o merecido descanso, após um dia muito atarefado, às vezes vinha-lhe a lembrança da gaveta do criado-mudo: <i>basta que eu estique o braço...vire um pouco o corpo, e depois levante a cabeça....</i> . Mas logo desistia da idéia, já estava sonolenta, e dormindo, não precisaria de nada do que havia lá dentro. <i>Mas o que havia lá mesmo? Será que os brincos prateado e verde estariam lá? Preciso abrir essas gavetas qualquer hora...</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
E os dias passavam. O criado-mudo lá permanecia, ao lado da cama, parado, quieto e ressentido dos segredos que pensava guardar não serem do interesse de ninguém. Nem ao menos de uma ligeira espiada era digno. Injusta sina para um móvel tão famoso.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Mas eis que um dia, algo inusitado aconteceu. A mulher não parecia ter pressa. Acordou preguiçosamente, e, sob o olhar curioso do criado-mudo, colocou uma música, guardou as roupas jogadas sobre a cadeira, separou as limpas das que precisavam ser lavadas, arrumou a cama meticulosamente e guardou os sapatos espalhados pelo chão na sapateira. Ao mexer nos colares misturados sobre o tampo desta, o olhar da mulher virou-se em direção ao criado-mudo, fazendo com que o ressentido e oco coração do resignado móvel pulasse dentro de suas gavetas. Ele tentou controlar-se, mas a emoção de ser finalmente notado era muito forte. Até hoje não ficou sabendo se ela percebeu que seus puxadores tremiam, que seu fundo balançava e que seus trilhos suavam! Mas manteve-se firme, altivo, parado e mudo, como todo criado-mudo de respeito deve ser.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
A mulher aproximou-se dele, abriu sua primeira gaveta. Procurava algo. Remexeu em vários objetos e voltou a fechá-la. O coração do pobrezinho, que durante esse ato quase parou de tanta emoção, iniciava um suspiro aliviado quando ela, aquela que outrora o ignorara tão displicentemente, resolve repentina e inusitadamente, abrir a sua segunda gaveta. </div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Demorando-se mais nessa, pegou objetos, abriu saquinhos de tecido, revirou outros e terminou por retirar de uma caixinha de veludo vermelho, um par de brincos prateados com pedras verdes. Depois da reviravolta executada no interior de sua segunda gaveta, podemos imaginar o estado físico e emocional do nosso amigo criado-mudo! </div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Estava em frangalhos, mas saciado! A emoção havia sido tanta que ele, que já não era mais tão jovem, resolveu aposentar-se, pois não tinha mais idade para tantas aventuras interiores, apesar de tê-las desejado ansiosamente durante todo o período em que havia sido relegado ao desprezo.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
E assim, nosso imóvel amigo móvel aposentou-se, feliz e realizado, da sua longa e respeitável existência como criado-mudo.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
….....</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
.........</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
.........</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
Hã? Você não sabe como um criado-mudo se aposenta?!? Oras, ele simplesmente permanece... mudo... ao lado da cama.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="JUSTIFY" class="western" style="margin-bottom: 0in;">
<br /></div>
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0in;">
<b><i>Dez.10/Fev.11</i></b></div>
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0in;">
<b><br />
</b></div>
<div align="RIGHT" class="western" style="margin-bottom: 0in;">
<b><br />
</b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: left;">
<b><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;"><i>Pode também ser lido diretamente no site da CBJE, clicando na capinha no lado direito da página, na Antologia Crônicas da Cidade.</i></span></b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: left;">
<br /></div>Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-51138269026091342362011-04-22T21:52:00.002-03:002012-04-30T13:18:52.513-03:00Tua Fotografia<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
<span class="Apple-style-span" style="font-size: large;"><b><br />
</b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
Beijei em meus sonhos</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
tua boca entreaberta.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
Quanto do teu hálito respirei,</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
misturando-o à salinidade do mar</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
A aspereza da areia sob meus pés</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
descalços, </div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
perseguindo tuas pegadas delicadas,</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
incentivam meus passos</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
a buscá-la além da imagem capturada.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
Obtê-la do vasto azul do horizonte</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
do branco espumoso das ondas</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
do perolado quente da areia, e</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
encontrá-la pelo brilho sem fim do teu olhar</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
Teus cabelos negros de sereia, emaranhados</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
pelos ventos de sal</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
guiam-me por trilha de audaz vida,</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
esculpida pelo teu andar, disseminada pela brisa,</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
traduzida pelo amor, </div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
com destino único a ti.</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
<b><i><span class="Apple-style-span" style="font-size: x-small;">19/04/11</span></i></b></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0in; text-align: center;">
<br /></div>Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-54128568768545421172011-03-17T23:21:00.001-03:002011-03-17T23:23:05.595-03:00Atavismo Poético<div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-size: small; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Um fato que tenho percebido acontecer-me algumas vezes (não muitas, mas algumas) ao escrever, especificamente poesia, é a sensação de que o que escrevi já foi escrito.</span></div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-size: small; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-size: small; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Escrevo. Leio, releio, re-escrevo. Releio. E continua a sensação de que alguém já escreveu a composição que acabei de derramar no papel!</span></div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-size: small; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-size: small; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Porém, de tanto reler o que escrevi, muitas vezes acho que sensação vem-me justamente disso. Em outros momentos desconfio que não, e sim, de que realmente outra pessoa já escreveu aquilo.</span></div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-size: small; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-size: small; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Será um atavismo poético?</span></div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-size: small; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-size: small; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Será a auto-psicografia inerente ao gene poético?</span></div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-size: small; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-size: small; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Ou serão as duas suposições juntas, e ainda somadas à longa existência humana neste planeta - exacerbada pela tecnologia da comunicação e informação, fazendo com que recebamos tantas informações das mais variadas mídias que assimilamo-las e incorporamo-las em nossas mentes como se fossem nossas automaticamente? Estará se transformando a mente humana numa imensa e coletiva mente?</span></div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-size: small; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="border-collapse: collapse; font-size: small; margin-bottom: 0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: small;">Inconclusivamente, termino por hora esta minha inquietação que já há algum tempo desassossega-me "assim, assim", esperando que novas informações sobre o tema surjam atavicamente, psicograficamente, por e-mail, torpedo, bluetooth ou ....sabe-se lá de que modo!</span></div>Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-53218112938008143472011-01-17T21:42:00.004-03:002011-01-17T21:51:27.300-03:00Memórias Marilienses de "Aventuras": festa de casamento<div style="text-align: center;">O ano era 1993. Quarto ano de faculdade. As aventuras continuavam.</div><div style="text-align: center;"></div><div style="text-align: center;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><em>Um ano antes, eu e umas amigas-colegas de curso adquirimos o hábito, ou seja lá como isso possa ser denominado, de frequentarmos festas de casamentos sem sermos convidadas – ou seja - “penetrávamos” em festas alheias, especificamente de casamentos, do modo vulgarmente conhecido como “bicão”. </em></div><br />
<div style="text-align: justify;">Nesse ano de 1993, conseguimos “descolar” uma festa muitíssimo interessante e promissora<strong>*</strong>.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Dada a divulgação boca à boca do nosso hábito ou <em>hobby</em> entre colegas, professores e pessoas com quem morávamos, passamos a obter informações sobre casamentos, as quais nos eram fornecidas sem termos de pedi-las. Talvez motivadas por um instinto de aventura enrustido, essas pessoas viam em nós, a concretização de seus sonhos aventurescos, os quais realizavam por nosso intermédio.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Bem, divagações filosóficas à parte, obtivemos informações sobre um determinado casamento aparentemente promissor por meio da dona do pensionato em que eu morava, a qual por sua vez, a obteve da dama de companhia de uma amiga.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pois bem, eu e mais três amigas – duas das quais <em>habitués</em> da nossa prática do “bicão”, e a outra, estreante curiosa - dirigimo-nos arrumadas e perfumadas, de ônibus, da Vila Altaneira (nosso quartel-general e local aonde moravam as duas primeiras) até a igreja Santo Antônio, localizada no bairro Alto Cafezal.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Lá chegando, começamos a assistir ao casamento. Como a cerimônia estava bastante demorada, resolvemos sair e caminhar até o local da recepção, que era bastante longe, pelo que me lembro. E, se não me falha a memória, a festa seria num salão pertencente aos bancários, lá para as "bandas" do final da av. Sampaio Vidal, sentido terminal rodoviário.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E lá fomos nós quatro a pé, rua afora. Após uns poucos quarteirões, uma das moças já não aguentava de dor nos pés devido a um sapato apertado. Como o caminho era longo, decidimos posicionar nossos polegares em prol da obtenção de uma providencial carona.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Alguns pouco minutos depois, uma perua <em>kombi</em> nos oferecia a carona. Entramos as quatro e, em meio a caixas com restos de verduras, e nenhum banco “sentável” à vista, nos acomodamos da melhor maneira possível, não sem antes informar ao motorista o nosso destino.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Chegando ao local da festa – que ainda se encontrava fechado – aproveitamos para discutirmos na calçada, a importante questão sobre qual desculpa usaríamos caso nos questionassem sobre quem éramos. Entre várias idéias, das quais infelizmente não me recordo, acabamos por escolher a mais sensata: eu diria que era sobrinha da Maria, que era a dama de companhia da amiga da dona do pensionato em que eu morava, pois ela estaria trabalhando na cozinha da festa! Achamos a idéia magnífica, e assim ficou decidido.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Aberto o salão, fomos as primeiras a entrar. Sentamo-nos numa estratégica mesa perto da cozinha. Os convidados foram chegando e se acomodando. A festa ia transcorrendo tranquilamente. Estávamos sendo bem servidas e, ao que tudo indicava, não havíamos suscitado suspeitas.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Quando demoravam para nos servir alguns dos deliciosos salgadinhos e demais iguarias, uma de nós se levantava e ia até a cozinha dar uma “reclamadinha” sobre a demora em sermos servidas. No mais, estávamos bastante satisfeitas com o transcorrer dos acontecimentos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Algum tempo depois os noivos iniciam sua peregrinação pelas mesas dos convidados. O fato – já esperado – nos colocou em preocupante estado de alerta, que no entanto, já era nosso velho conhecido.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sem escapatória, nos defrontamos com o momento fatídico: noivo e noiva, sorridentes e simpáticos chegam, sem qualquer desvio no percurso, à nossa mesa. Levantamo-nos as quatro – também sorridentes, e os cumprimentamos.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O noivo, simpaticíssimo, nos faz a crucial pergunta, enquanto transcorre rapidamente o olhar por nós: <em>“Vocês são...”.</em> Eu, incumbida de ser a “sobrinha da Maria”, conforme o combinado, seria a reveladora do fato: <em>“Bom..."</em>, disse eu, trazendo a mão aberta em direção ao peito, <em>"...meu nome é Lí...”. </em></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Acreditem se quiserem, caros leitores, mas foi assim mesmo que aconteceu, conforme narro logo mais à frente, sem floreios, sem tirar nem por, sem aumentar um ponto sequer: como que por magia, encanto, ou seja lá o que for, fui interrompida na revelação de nossa identidade por uma voz que pronunciou: <em>“Sid<strong>ney</strong>!”</em> Com o acento tônico no <strong>ney</strong>. Era o nome do noivo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Um amigo do Sid<strong>ney</strong>, cumprimentando-o efusivamente, fez com que o casal esquecesse completamente de nós, voltando sua atenção totalmente para ele.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Alívio nosso. E quem sabe, deles também!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Salvas pelo gongo e já bastante alimentadas, esperamos um pouco até que os três se afastassem e, discretamente, nos retiramos do salão.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Calçada ganha, às risadas nos demos – e aos comentários sobre nosso desempenho, sobre a sorte que tivemos e o apuro que passamos, curiosidade sobre o que a novata sentiu, sobre nossa amizade e, entre outras coisas, sobre esse maluco e ousado <em>hobby</em> que compartilhávamos e que nos unia.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E assim, felizes, fomos caminhando até o terminal urbano de ônibus para retornarmos à Vila Altaneira. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;"><strong>*</strong> <span style="font-size: x-small;">Leia-se comida com boa qualidade e quantidade, e facilidade de penetração</span></div><div style="text-align: right;"><br />
</div><div style="text-align: right;"><strong><em>Jan./2011</em></strong></div>Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-62256422905514352902010-12-19T17:51:00.007-03:002010-12-20T12:32:11.425-03:00Memórias Marilienses de “Aventuras”: congresso na roça<div style="text-align: justify;">Depois de um longuíssimo tempo, eis-me aqui com mais uma memória de aventura mariliense. Da primeira para esta dei um grande salto: de 1990 direto para o fim de 1993 – quase no final das aventuras:</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em setembro de 1993 a faculdade organizou uma “excursãozinha” para irmos à <em>IV Jornada Paulista de Biblioteconomia e Documentação e III Encontro de Bibliotecários de Jaboticabal e das Cidades Vizinhas</em>.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Último ano da faculdade, quase formada, sentindo-me “A Profissional”, claro que eu queria ir ao evento, a despeito da crise pânico-hipocôndrica que tomava-me na época. Desesperada, eu não queria viajar e correr o risco de ter um ataque cardíaco em pleno congresso, assim, contei a “graninha” que havia recebido da bolsa de iniciação científica e marquei uma consulta em um cardiologista particular – Dr. Sidônio Quaresma, consultório na av. Rio Branco. </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Não, não tirei esse nome de um personagem de Lima Barreto. Ele era o cardiologista da amiga da dona do pensionato em que eu morava. Eu sempre prestei atenção (e ainda presto) quando mencionam e indicam nomes de médicos...</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Assim, sem ter que pedir indicação de médico a ninguém, lá fui eu me consultar pré-viagem com o Dr. Sidônio Quaresma (que por sinal, era um senhorzinho muito “fofo”, com aquele jeito dos bons médicos de antigamente). Claro que ele nada encontrou de errado com meu coração, apenas uma extra-sístole de fundo nervoso, receitando-me um ansiolítico fitoterápico, o qual não tomei por medo de que fizesse mal. </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Mesmo não completamente convencida de que meu coração era saudável, parti em viagem com o pessoal da faculdade rumo ao <em>campus</em> da Unesp de Jaboticabal – local do evento.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Lá chegando, nos hospedamos no “Botinão”, ginásio municipal, cujo nome real era Ginásio de Esportes Alberto Bottino, daí o estranho apelido.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ajeitando meu colchão, senti-me a verdadeira “mochileira” - dormindo no chão com amigas e dezenas de colegas de faculdade (havia alunos de todos os anos do curso e pelo que me lembro, de outras faculdades também) e tomando banho naqueles banheiros de atletas. Aquilo era fantástico! </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">No primeiro dia o ônibus da faculdade nos levou até o <em>campus</em>, que era fora da cidade, porém, no dia seguinte, não tínhamos como ir até lá, pois o <em>“bus”</em> havia ido embora e só voltaria para nos buscar no final do congresso. A cidade era pequena, existindo pouquíssimos ônibus circulares, só nos restando assim, pedir carona nas ruas. </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">No entanto, antes desse intento, tomamos um confuso e improvisado café da manhã no boteco que ficava atrás do “Botinão”.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Eu, preocupadíssima com a suposta fome que sentiria até a hora do almoço, devido ao fraquíssimo desjejum ingerido – um “filãozinho” com manteiga e um copinho de café preto – resmunguei o caminho todo até à avenida marginal aonde pediríamos a carona, incomodando algumas colegas que acharam sem cabimento eu preocupar-me tanto com uma fome que não sabia se iria sentir ou não. Essa era eu, naquele tempo. </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E lá fomos nós. Postamo-nos na avenida marginal com os polegares em posição característica e, sem pudor algum, esperávamos por um carro abençoado que, sem medo, preconceito ou sabe-se lá mais o quê, parasse e desse carona para aquele bando de garotas. Não me lembro ao certo em quantas estávamos, mas creio que precisaríamos de uns dois carros.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Finalmente, pouco tempo depois, o abençoado veículo parou e carregou algumas de nós. Fui nessa primeira leva. A motorista era um bela morena de cabelos longos e lisos, e o carro, era algo parecido – senão ele próprio – com um <em>jeep toyota</em> muito velho. A música que tocava no <em>“tape”</em> era <em>Nowhere Fast</em>, tema do filme Ruas de Fogo (que eu amava!) com a maravilhosa <em>Diane Lane</em>!</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">A moça ia diretamente para o <em>campus</em>, pois fazia residência em Medicina Veterinária lá. Sentei-me com outras colegas no banco de trás, e, durante o trajeto, a música altíssima e o vento nos cabelos da linda motorista fizeram surgir na minha mente pensamentos os quais bloqueei imediatamente – tão "bobinha" era esta que escreve este relato - ao extremo de nem ao menos permitir-se sonhar com assuntos tão interessantes e pertinentes! </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sorriam caros leitores, pois tão pertinente e interessante foi o acontecido que lembro-me dele nos detalhes acima descritos após tantos anos! </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Pois bem, chegamos à Unesp e passamos o dia lá, assistindo palestras, almoçando no refeitório dos alunos, passeando pelo campus e tirando uma soneca embaixo das árvores sob os olhares curiosos de quem passava – o que fez com que nos perguntássemos se aquele comportamento, num campus de uma universidade pública, em plenos anos 90, era algo realmente assim tão excêntrico!?! </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Nós achávamos que não. (e eu continuo achando que não). </div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A noite, andamos pela cidade, comemos lanche no <em>trailer</em> da pracinha, fomos conhecer o “famoso” bar do DA (diretório acadêmico) da Unesp e passeamos num daqueles trenzinhos infantis pelas ruas de Jaboticabal, rindo, cantando, brincando e vivendo, embora eu continuasse preocupada com o meu frágil coração!</div><div style="text-align: right;"><br />
<em><strong>Dez./2010</strong></em></div>Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-64813082231190766532010-10-04T10:56:00.000-03:002010-10-04T10:56:03.876-03:00Read Every Day. Lead a Better Life | SCHOLASTIC GLOBAL LITERACY CAMPAIGN<a href="http://www.scholastic.com/readeveryday/">Read Every Day. Lead a Better Life SCHOLASTIC GLOBAL LITERACY CAMPAIGN</a>Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-56876890983175241642010-10-03T21:40:00.002-03:002010-10-03T21:43:44.063-03:00O Nome da FomeAbaixo, o poema <strong>O Nome da Fome</strong>, publicado na <strong><a href="http://www.antologia-delicatta.com/">Antologia Delicatta V</a></strong> - Cronistas, contistas e poetas contemporâneos, Série Esmeralda, de 2010:<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: left;"><strong>O Nome da Fome</strong></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGvBgGCphkYqPtFakBymyZc7NTkRqr0CWNpIKUR04pYyTVBDm8qth6gdR7Qyz3pwZGXa3Sxo5y_izAJlN0Lw3wbRvFLhim-U1smTijaVbC2kS8ULpQmK7qBAEVqiPLi4vTEDjspw/s1600/digitalizar0001.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; cssfloat: left; cssfloat: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" px="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGvBgGCphkYqPtFakBymyZc7NTkRqr0CWNpIKUR04pYyTVBDm8qth6gdR7Qyz3pwZGXa3Sxo5y_izAJlN0Lw3wbRvFLhim-U1smTijaVbC2kS8ULpQmK7qBAEVqiPLi4vTEDjspw/s320/digitalizar0001.jpg" width="164" /></a></div><div style="border-bottom: medium none; border-left: medium none; border-right: medium none; border-top: medium none; text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">Se eu mudar de nome</div><div style="text-align: left;"></div><div style="text-align: left;">quem sabe engano a fome</div><div style="text-align: left;">que aqui dentro dorme</div><div style="text-align: left;">E às vezes desperta</div><div style="text-align: left;">em sinal de alerta</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">Se eu mudar de nome</div><div style="text-align: left;">quem sabe adorne</div><div style="text-align: left;">com nova moldura</div><div style="text-align: left;">Essa fome que é dura</div><div style="text-align: left;">e sentida sem cura</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">Essa fome tem nome</div><div style="text-align: left;">Essa fome não dorme</div><div style="text-align: left;">Essa fome não morre.</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">O nome da fome é sentença puída</div><div style="text-align: left;">é verdade desnuda</div><div style="text-align: left;">é imagem torcida.</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">Mas não ouse do alto da grua crua</div><div style="text-align: left;">mudar o nome da fome.</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">O seu nome corrói o cobalto</div><div style="text-align: left;">e atira para o alto</div><div style="text-align: left;">os retalhos e o pó</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">O nome da fome consome</div><div style="text-align: left;">as entranhas,</div><div style="text-align: left;">cavando buracos sem dó!</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">O nome da fome é tabu</div><div style="text-align: left;">é saci no bambu</div><div style="text-align: left;">é quase vodu!</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;">O nome da fome?</div><div style="text-align: left;">É segredo...</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><br />
</div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: x-small;">jul./2008</span></div>Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-73702994500382773152010-08-03T00:15:00.003-03:002010-08-03T00:16:54.251-03:00O beijo da loba<div class="western" lang="pt-BR" style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: small;">C</span>onheci-a em circunstâncias propiciadas pela modernidade – sim, a internet. Um e-mail burocrático por mim enviado, seguido de intuição e curiosidade recíproca, e uma ousadia que eu não sabia possuir - facilitaram ao destino, o nosso encontro.</span></span></div><div class="western" lang="pt-BR" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" lang="pt-BR" style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Entre jantares e cinemas, fui conhecendo-a. Ela era uma loba. De uma espécie inédita para mim - linda, inteligente, gentil e carinhosa.</span></span></div><div class="western" lang="pt-BR" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" lang="pt-BR" style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Inacreditavelmente, um dia, cedendo à minha nova ousadia – pedir despudoradamente para ser convidada à uma taça de vinho - vi-me em sua toca. Visto o perigo da empreitada, fui por ela advertida de antemão que eu correria riscos. Como a vontade de precipitar-me à situação tomava-me, optei por corrê-los.</span></span></div><div class="western" lang="pt-BR" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" lang="pt-BR" style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Conduzida ora gentilmente, ora no limiar do seu instinto selvagem reprimido soltar-se dos grilhões da civilidade, fui levada às entranhas da sua toca, onde o abate seria inevitável. </span></span> </div><div class="western" lang="pt-BR" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" lang="pt-BR" style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Deitada em seu leito, sob seu corpo vigoroso, não havia escapatória. Mas, eis que, para minha surpresa, deu-me ela a opção de escolher ser devorada de imediato ou em outro dia à minha escolha. Apesar de ansiar ser comida naquele instante, o medo, talvez de ser uma “chapeuzinho” precipitada, fez-me optar por o sê-lo na próxima visita. </span></span> </div><div class="western" lang="pt-BR" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" lang="pt-BR" style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Acenando a cabeça, ela aceitou, tranquila, e, aproximando sua boca da minha, deu-me o mais concupiscente beijo que jamais provei. </span></span> </div><div class="western" lang="pt-BR" style="text-align: justify;"><br />
</div><div class="western" lang="pt-BR" style="text-align: justify;"><span style="color: black;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">E assim descobri que não se sai imune da toca de uma loba. </span></span> </div><div class="western" lang="pt-BR" style="text-align: justify;"><br />
</div><div align="JUSTIFY" class="western" lang="pt-BR"><br />
</div><div align="RIGHT" class="western" lang="pt-BR"><span style="color: black;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><b>26/04/10</b></span></span></span></div>Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-22514009170096962112010-05-27T20:56:00.004-03:002012-09-20T22:15:55.128-03:00Homenagem ao Chocolate nosso de cada dia...<div style="text-align: justify;">
Abaixo, posto o poema <b>Chocolática </b>- uma homenagem ao nosso amado <b>chocolate</b>, que adoça a vida de muitos pelo mundo afora - quiçá, pelo universo! </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Pensei primeiramente, em postar o poema no blog do meu heterônimo (sim, eu tenho um!) que é quem escreve textos nonsense, sem noção, etc. e tal. No entanto, como o chocolate é algo muito amado neste planeta por pessoas de todas as idades, credos e culturas, existindo entre esse mundaréu de gente, escritores "eles mesmos", heterônimos, homônimos, hormônios, polinômios e coisa que o valha, resolvi que a escritora "eu mesma" deveria assumi-lo e não meu heterônimo.</div>
<br />
Aqui vai ele:<br />
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><b>Chocolática </b></span></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
Do cacau, o chocolate.<br />
Do amor, doçura que exala<br />
um coração que bate<br />
um beijo que estala.<br />
Mãos que se unem,<br />
e por afinidades se re-únem<br />
<br />
Chocolates na infância<br />
na ânsia dos quinze<br />
e aos pés da esfinge.</div>
<div style="text-align: center;">
<br />
Come tudo e não finge!<br />
Nada te restringe!</div>
<div style="text-align: center;">
<br />
Seu querer em potência varia<br />
Mas ao leite ou amargo,<br />
doce ou salgado,<br />
no amor é mania!<br />
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<b><i>Dez./08</i></b></div>
Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-33664556.post-12949671526635339152010-05-27T17:40:00.002-03:002010-05-27T21:23:24.463-03:00O Café<div style="text-align: justify;">Numa daquelas manhãs de outono, de sol embaçado e quente, porém ameno, tive um <i>deja vu</i>. Um <i>deja vu </i>temporal – se é que posso chamá-lo assim sem cair num pleonasmo daqueles! Parecia, ao sair à rua, que eu estava em outro tempo, numa outra época. Embora eu fosse o mesmo, o tempo era outro. Senti-me há uns vinte e cinco anos. Quase me vi, com a camiseta do ginásio e a mochila emborrachada e colorida apoiada em apenas um dos ombros, atravessando a rua à minha frente.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sentei-me em um café, na calçada, para conferir uns relatórios – estava a caminho do trabalho após uma visita ao médico e, como ainda era cedo, eu tinha alguns minutos para saborear aquela atmosfera. Feliz, por não ter doença alguma – eram apenas bobagens aquelas sensações no coração, eu em nada pensava, apenas sentia. Enquanto tomava o café, dei uma rápida organizada na pasta que carregava, conferi alguns dados no meu moderníssimo celular/computador e fixei, em seguida, minha atenção àquele tempo, que de passagem por este tempo, estava.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Terminei o capuccino, que por sinal estava delicioso – cremoso, adoçado no ponto e muito, muito leve. Recolhi “minhas coisas”, respirei fundo, levantei com certa relutância, e saí, já saudoso daquele momento, e daquele dia, que aos poucos desvaneceriam na turba do tempo.</div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"></div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><br />
<b>29/04/10</b>Lívia (Liv´s de Lórien/Liv´s From Lórien)http://www.blogger.com/profile/04622852402645313761noreply@blogger.com3