31 outubro 2006

Poesias Selecionadas

Inauguraremos hj esta nova seção, que se destinará à postagem de poesias selecionadas por mim. Os autores serão variados, sem distinção de tema, autores conhecidos ou desconhecidos, amigos, etc.
Vamos lá:


De encontro ao Paraíso
Quero ir contigo
Para que ao mesmo tempo possa estar comigo
Quero ir toda você
Quero encontrar vossos mistérios nesse desejo coibido
Quero fugir em ti
Quero partir em seu colo
Compor em seus olhos
Ter a audácia de te desenhar em mim
Quero me alimentar de seu andar
E de noite te suplicar
Para que cante as ilusões de nosso quarto de cetim
Cláudia Carlomagno

30 outubro 2006

A Dor do Poeta e a Gênese Poética

Voltando à gênese poética, li recentemente, na Gazeta de Ribeirão, uma crônica do Hamilton de Andrade Lemos chamada “Aquela Dorzinha” (veja link abaixo), que em resumo, fala da criação poética na minimização dos males humanos e da necessidade da dor para ser poeta.(o último parágrafo é fantástico!)
Me identifiquei de imediato com o personagem, pois nessa mesma semana em que a li, estava pensando que, sem problemas; sem principalmente, os dilemas da alma e da mente, não existe, de certa forma, a criação poética.
Essa crônica então, veio justamente corroborar minhas idéias a respeito.
Estava pensando, tenho criado várias poesias ultimamente (elas ainda não foram postadas aqui no blog...mas, calma logo serão colocadas aqui..rsrs...), que, se eu não estivesse sentindo minhas “dorzinhas”, eu não teria poesias para escrever! E, assim, não são de todo más, as dores, pois, além de me fazer poeta, as mesmas vão sendo minimizadas, vão sendo abrandadas, conforme eu as vou transformando em poesia.
Mas, não é minha intenção fazer apologia à dor, ao sofrimento; de maneira alguma! Estamos aqui falando, como a crônica, de “dorzinhas” da alma, nada trágico ou doloroso em excesso, apenas aquelas dores, nossas ou dos outros, que, mesmo sem tragicidade, incomodam, atrapalham, frustram e não nos deixam seguir o curso desejado de nossas vidas - mas que rendem boas poesias!

http://www.gazetaderibeirao.com.br/conteudo/mostra_noticia.asp?noticia=1469802&area=92010&authent=2A249A89115113A09EA222B2DBA998

26 outubro 2006

Poesia Élfica

Bom, já que estamos falando do mundo Tolkieniano e, a espinha dorsal deste blog é a poesia, nada mais natural e óbvio que apresentarmos aqui, uma poesia Élfica!

Namárië

Ai! Laurie lantar lassi súrinen;
yéni únótimë ve rámar aldaron!
Yéni ve lintë yuldar avániermi
oromardi lissë-miruvóreva
Andúnë pella, Vardo tellumar;
nu luini yassen tintilar i eleni
ómaryo airetári-lírinen.

Sí man i yulma nin enquantuva? (essa parte é muito boa!)

An sí Tintallë Varda Oiolossëo
ve fanyar máryat Elentári ortanë from Mount
arilyë tier undulávë lumbulëar
sindanóriello caita mornië
i falmalinnar imbë met,
ar hísië untúpa Calaciryo míri oialë.
Sí vanwa ná, Rómello vanwa, Valimar!

Namárië! Nai hiruvalyë Valimar!
Nai elyë hiruva! Namárië!


Namárië é o maior texto em Quenya em O Senhor dos Anéis. Junto com o poema Markirya, é o principal exemplo de um texto em Quenya "maduro" ou no estilo Senhor dos Anéis. Entre os estudantes de élfico, a canção é quase que invariavelmente chamada de Namárië, "Adeus", este sendo o título que Tolkien usou para ele em The Road Goes Ever On. Contudo, ele também é conhecida como Lamento de Galadriel, ou "Namárie, Alteriello Nainië Lóriendesse", "O lamento de Galadriel em Lórien." (Wikipedia)

Bem agora, a tradução, é claro né! (inglês e português)

Ai! laurië lantar lassi súrinen,
Ah! like gold fall the leaves in the wind,
Ai, como ouro caem as folhas ao vento,

yéni únótimë ve rámar aldaron!
long years numberless as the wings of trees!
longos anos inumeráveis como as asas das árvores!

Yéni ve lintë yuldar avánier T
he long years have passed like swift draughts
Os longos anos se passaram como goles rápidos

mi oromardi lissë-miruvóreva
of the sweet mead in lofty halls
do doce hidromel em salões altos

Andúnë pella, Vardo tellumar
Beyond the West, beneath the blue vaults of Varda
Além do Oeste, sob as abóbadas azuis de Varda

nu luini yassen tintilar i eleni
wherein the stars tremble
onde as estrelas tremem

ómaryo airetári-lírinen.
in the voice of her song, holy and queenly.
na canção de sua voz, de santa e rainha.

Sí man i yulma nin enquantuva?

Who now shall refill the cup for me?
Quem agora há de encher-me a taça outra vez? (adoro essa parte)

An sí Tintallë Varda Oiolossëo
For now the Kindler, Varda, the Queen of the stars,
Pois agora a Inflamadora, Varda, a rainha das Estrelas,

ve fanyar máryat Elentári ortanë
from Mount Everwhite has uplifted her hands like clouds
do Monte sempre branco ergueu suas mãos como nuvens,

arilyë tier undulávë lumbulë
and all paths are drowned deep in shadow;
e todos os caminhos mergulharam fundo nas trevas;

ar sindanóriello caita mornië
and out of a grey country darkness lies
e de uma terra cinzenta a escuridão se deita

i falmalinnar imbë met,
on the foaming waves between us,
sobre as ondas espumantes entre nós,

ar hísië untúpa Calaciryo míri oialë.
and mist covers the jewels of Calacirya for ever.
e a névoa cobre as jóias de Calacirya para sempre.

Sí vanwa ná, Rómello vanwa, Valimar!
Now lost, lost to those of the East is Valimar!
Agora perdida, perdida para aqueles do Leste está Valimar!

Namárië! Nai hiruvalyë Valimar!
Farewell! Maybe thou shalt find Valimar!
Adeus! Talvez hajas de encontrar Valimar.

Nai elyë hiruva! Namárië!
Maybe even thou shalt find it! Farewell!
Talvez tu mesmo hajas de encontrá-la. Adeus!

25 outubro 2006

Viajando por Lórien

Por quê e o que é Lórien?

Bem, vamos lá. Explicarei meu nick e o nome do meu Blog:

Sou apaixonada pelo Senhor dos Anéis e Lórien é o nome da Floresta aonde vive Galadriel, a senhora de Lórien.

Wikipedia:
Lothlórien na língua Sindarin equivale à palavra Quenya Lórien. Lórien é o nome das Terras onde vivem Lady Galadriel e Celeborn na Terra-média. Lá crescem os famosos Mallorns e as flores Elanor. O local fica entre os Rios Anduin e Celebrant. Seu nome em Sindarin é Lothlórien, derivado do prefixo Loth, flor.

Lórien ou Lothlórien é um lugar maravilhoso, preservado da maldade de Sauron, que, na época de Frodo dominava a Terramédia.
Galadriel, a senhora de Lórien tem o poder de manter o lugar protegido, com sua sabedoria e bondade.

Sobre comer chocolates em Lórien, é uma brincadeira minha, pois gosto muito do chocolate sensação de morango, por isso essa junção de Lórien com chocolate!
Duas coisas muito boas! rsrsrsrsr....

Ah, outra coisa maravilhosa é a própria Galadriel:

Galadriel é filha de Finarfin e irmã de Finrod Felagund; quando nasceu, seu pai a chamou de Artanis, mas sua mãe deu o nome de Nerwen ("Donzela-homem"). O nome que ela adotou foi o que seu marido lhe deu, Galadriel, que é uma tradução do nome telerin Alatáriel.
Estava entre os líderes da rebelião noldorin contra os
Valar. Na Terra-média ela adquiriu muito conhecimento com Melian. Desposou Celeborn de Doriath e com ele permaneceu na Terra-média até o final da Terceira Era. Guardiã de Nenya, o Anel de Água, em Lothlórien.
Fundou o
Conselho Branco. Governou junto com Celeborn o reino elfo de Lórien, um dos refúgios élficos na Terceira Era graças ao poder do Anel Nenya. Era a mais poderosa e bela entre os Elfos que restavam na Terra-Média. Depois da destruição do Um Anel, o poder do Anel Nenya se extingüiu e ela partiu da Terra-média.
(Wikipedia)

Bom, é isso, fizemos uma pequena viagem pelo mundo de Lórien!

Poesias do meu amigo Pedro

Postarei agora, algumas poesias que meu amigo e colega de universidade fez para mim....rsrsrsrs...
Beijos Pedroca, sua "musa" aqui adorou as poesias! (metida eu! rsrs....)
São de 2005.


teu corpo esquio
tua pele clara
meu olhar não desvio
sinto o coração palpitar


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uma flor que meu olhos anseiam por ver
uma voz que entorpece meu viver


ah! se teus lábios eu pudesse tocar
o sabor doce que dele emana
quando te vê parece que me chama
para logo poder te beijar.


a vida é como sonhar com o tempo
esperar que ele apareça, que o teu rosto esteja ali
devaneios são principios de um caminho


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nossa, que milagre é este que surge a minha frente.
tuas palavras que agora aqui adentram
batem como suaves badaladas ao meu coração.

24 outubro 2006

Para uma pessoa que balançou meu coração.....mas que estou tentando esquecer...

A EXISTÊNCIA DO AZUL

Para L.P.

Ao longe o oceano azul se mostra,
adornado de reluzente e límpida areia branca.
Sob o azul claro e brilhante de sua superfície,
esconde-se...
a sua profundidade,
a sua complexidade.
O seu mais profundo e puro azul!
Vidas o habitam, tesouros e segredos...
Atlântidos conhecimentos,
Submersos...


Mas que à tona se mostram,
Para quem os consegue enxergar,
Para quem os consegue entender.
E descobrir...
Seus intrincados mecanismos de existência,
e sua doce sede de amor!


Que transmuta seu sal em mel,
E suas lágrimas (quando elas às vezes surgem),
na espuma das ondas que se quebram na areia...
Completando oniricamente a paisagem,
Invadindo o espírito daqueles que o amam,
Inspirando poetas, e perpetuando a sua existência,
Nos corações daqueles que um dia o conheceram.


Julho/2006

Clarice

Descobri Clarice aos 16 para 17 anos e foi amor à primeira vista.
A lembrança de minha descoberta está associada a um texto que não tenho certeza de que seja mesmo de sua autoria, mas todas as vezes que tento me recordar de meu primeiro contato com ela lembro-me desse texto, o qual mencionava um telefone vermelho e constava do livro de português que usávamos em aula.
Já tinha ouvido falar dela, claro, entretanto não havia lido nenhum texto seu. Já tinha ouvido minha mãe e minhas tias dizendo que ela era uma escritora de escritos difíceis e amargos.
Minha curiosidade sobre ela me levou à minúscula Biblioteca da Escola que, na verdade, nem biblioteca era, mas sim um pequeno depósito de livros. Apesar disso, tinha um charme romântico, com os raios solares entrando pelo pequeno vitrô e descortinando-se por entre as estantes repletas de literatura.
Ao lembrar-me de Clarice, vêm-me à mente tal cena nessa “bibliotequinha” escolar, onde meu amor por ela surgiu. O primeiro livro que encontrei dela nessa biblioteca foi "A Legião Estrangeira" - paixão absoluta!

Eu!


Esta, como vcs podem ver, sou eu!
Queria colocar a foto no perfil, mas infelizmente não entendi como se faz isso! rsrsrsrs....então, vai aqui mesmo!

10 outubro 2006

Rilke e Gênese Poética (T.S. Eliot tb)

Adoro esse poema do Rilke!
Acho fantástico!!!!!
Quero um dia poder escrever assim!
Rilke me chamou a atenção qdo um dia li, por acaso, uma recomendação sua ao jovem poeta: escrever por absoluta necessidade, e não ler tratados de literatura!
Mas confesso que nada sei dele.
Li Cartas ao Jovem Poeta, ganhei de uma amiga. Gostei, mas concordo com minha amiga, um tanto quanto juvenil...(nos anseios descritos...talvez utópico demais...)mas maravilhoso qto à gênese poética. A criação poética tem um quê de anseio juvenil, pois a poesia e a criação literária são sonhos.......
Sonhos e necessidades!

O mundo estava no rosto da amada

O mundo estava no rosto da amada
e logo converteu-se em nada, em
mundo fora do alcance, mundo-além.

Por que não o bebi quando o encontrei
no rosto amado, um mundo à mão, ali,
aroma em minha boca, eu só seu rei?

Ah, eu bebi. Com que sede eu bebi.
Mas eu também estava pleno de
mundo e, bebendo, eu mesmo transbordei.

Rainer Maria Rilke


Puxando o gancho:

"A poesia não é uma liberação da emoção, mas uma fuga da emoção; não é a expressão da personalidade, mas uma fuga da personalidade. Naturalmente, porém, apenas aqueles que têm personalidade e emoções sabem o que significa querer escapar dessas coisas." T.S.Eliot

O que me dizem dessa maravilha?????????????????????
Poesia é isso, isso é gênese poética pura!