Esta semana recebi um e-mail sobre um projeto que pretende reunir mil poemas para Gonçalves Dias. Assim, li alguma coisa sobre ele e escrevi o poema abaixo. Como só estou conseguindo escrever sobre amor (principalmente frustrado), um episódio da vida do poeta, em que ele perde seu grande amor, me inspirou. Escrevi ontem, correndo:
Não lamentes amigo
Caro amigo, não lamentes o amor perdido.
Perdeste-o sim, porém não por desleixo teu,
Perdeste-o pelo preconceito desmedido,
Perdeste-o pelo respeito que era só teu.
Caro amigo, não lamentes o amor perdido.
Fizestes aquilo que o momento pediu,
Respeitastes o apreço àqueles por ti escolhidos,
Mostrastes mais força que o desejo varonil.
Caro amigo, não lamentes o amor perdido.
Decidistes o que na época era o melhor a fazer,
Apesar de o homem em ti, tornar o poeta comedido,
Apesar de a razão em ti, impedir o amor de colher.
Caro amigo, não lamentes o amor perdido.
O que fizestes está feito, mesmo que incompreendido.
Escolhestes por teu senso de homem, não de poeta,
Agora arcarás por tua escolha, vivendo um amor asceta.
05/12/12